quarta-feira, setembro 28, 2005

Que criatura é essa?

Ela veio como que vinda das alturas
Divina, celeste, branca como um dia de sol
Vem ao meu encontro temo e tremo
Não vejo em mim forças para fugir
Sua luz me permite perceber o que há em minha volta
Logo reconheço, pela santidade, reverência, quietude
Noto que os ritos não são os mesmos
Percebo que os cantos não são próprios
Meus sentimentos também são diferentes
Minha veneração é para aquela que brilha como a alva
Vem e me toca, sinto seu corpo, sinto meu corpo
Desejo toca-la, minhas mãos tremulam meus braços enfraquecem
Sinto seu cheiro, sinto ciúmes do perfume que exala de seu corpo
Toca minha face, com mãos suaves pareço ser tocado por uma criatura de seda
Sinto desejo, paixão, como não me entregar a essa que até os anjos cobiçam
Seus olhos são como espelhos d’água, me vejo refletido
Toco seus lábios com os meus, doces como maçã, macios com pura lã
Sinto meu corpo com nunca senti antes
Sinto seu corpo, branca como a neve, quente como o sol
Tens o ventre de marfim, toco-lhe com meus lábios
Sinto tuas caricias, sente minhas carícias
Algo dentro de nós pulsa, algo dentro de nós vive
Sou frágil, ela é forte, sou forte ela é frágil
Somos um , unidos em desejo, unidos em ternura
De repente parecemos estar sendo levados as alturas
Como que uma legião de anjos nos sustentassem em sua mãos
Sinto o ar, sinto a vida, esqueço do universo
Juntos como se fossem um, desfalecem.

De Luke para Li...